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Quando a "Musicoterapia" vira uma tremenda ALDRABICE...

Talvez não tenham ideia da quantidade de vezes que se encontra online o uso do termo "Musicoterapia" em iniciativas que nada têm a ver com a verdadeira Musicoterapia e que só querem lucrar com o termo que ESTÁ NA MODA ou workshops de 7h que afirmam (passo a citar) que irão "dotar os formandos de fundamentos teóricos e metodológicos necessários ao desenvolvimento de projetos de musicoterapia"... uma autêntica BARBARIDADE, portanto. 7h?...para formar um Musicoterapeuta?... vou ali rir um bocadinho e já volto.

É MUITO revoltante para os reais Musicoterapeutas, que frequentaram uma LICENCIATURA ou um MESTRADO em Musicoterapia (formação mínima de 2 anos de grau universitário exigida pela Confederação Europeia de Musicoterapia para se ser Musicoterapeuta e realizar de forma competente todas estas iniciativas que envolvem qualquer ligação entre música e saúde).

O "último grito da moda" é mesmo confrontar as entidades fraudulentas que usam o nome de "Musicoterapia" quando dão dois ou três badalos numa taça tibetana, num tapete almofadado, em cima de uma relva fofinha, no meio do mato e junto de uma cascata (e que não tiveram formação NENHUMA (!) em Musicoterapia Vibroacústica, que ainda é uma pós-especialização, DEPOIS de se completar a LICENCIATURA ou o MESTRADO em Musicoterapia), a não ser a "formação" de VIGARICE pura para enganar um monte de gente que procura as ditas "terapias alternativas"... e quando confrontados por realizarem práticas fraudulentas, trocam o nome de MUSICOTERAPIA por TERAPIA DE SOM ou pouco mais ou menos (massagem sonora e por aí vai a imaginação criativa a inventar termos e a pesquisar online o que outros manhosos também fazem...), como se lhes resolvesse o problema da trafulhice incontestável e lhes

desse um grau universitário num dia, como "tantos outros" que em Portugal conhecemos, como se de uma coisa totalmente diferente se tratasse, inventando uma "pseudo-terapia" nova... ou não...(e também não fica resolvido o problema de quem estudou tanto sobre os efeitos musicais terapêuticos e vibroacústicos, que além de terem locais de trabalho "roubados" por ditos "terapeutas de som" ou musico...(whatever) e que por não terem formação e não saberem fazer a intervenção correcta, ainda mancham a imagem de quem faz a real Musicoterapia (ironicamente, cobram também valores mais elevados sem terem formação universitária... superiores a quem se formou em Musicoterapia).


Talvez não tenham ideia da quantidade de vezes que se vêem "olhares tortos" e "sobrancelhas levantadas" por ser dito o nome da profissão Musicoterapia, só porque tinham ouvido falar de Musicoterapia num contexto que era a mais clara fraude... até em locais de trabalho, onde apresentamos resultados quantificáveis, retirar essa nódoa de cima demora anos, até demonstrar que a verdadeira Musicoterapia RESULTA....E BEM!

EXEMPLO DE UMA FRAUDE BEM FEITA - PARTE 2

"Reiki e Musicoterapia Perfeita Melodia – Núcleo do Porto

Rubrica Mensal Online do Núcleo de Musicoterapia

A cada glândula (chakra ) sua nota musical

1 – Dó – Supra Renais (Chakra Raíz)

2 – Ré – Gónadas(Chakra Sexual)

3 – Mi – Pancreática (Chakra Plexo Solar)

4 – Fá – Timo (Chakra Cardíaco)

5 – Só – Tiróide (Chakra Laríngeo)

6 – Lá – Hipófise ( Chakra Frontal )

7 – Si – Pineal (Coronário )"

(não acrescentei nada, copiei o conteúdo que está online na íntegra)

Já engoli em seco, pestanejei 20 vezes (!!!) e continuo a ler isto...gente do céu! Onde anda o brilhante estudo científico que chegou a estas conclusões, que eu nunca o vi em nenhuma revista científica indexada e com factor de impacto?

Esta de cada nota musical ter um efeito específico num órgão do nosso corpo mata qualquer Musicoterapeuta do coração só de uma batucadazinha no seu "fá interior"... então quando ele vê iniciativas fraudulentas destas que nem PARA USAR OS TERMOS CORRECTAMENTE ESCRITOS (!) como SOL em vez de SÓ, ou por vezes MUSICATERAPIA, ou Músicalterapia e por aí vai, já "enfartou de vez".


Não há mais por onde inventar... música e saúde é MUSICOTERAPIA, seja ela vibroacústica ou de outra corrente dentro da Musicoterapia. Não há outro nome nem outra designação inventada...e muito parecida, por sinal... ("cura pela música", "terapia de som", "vibrações terapêuticas" e tudo o que queiram inventar vocês próprios que se pareça com o termo Musicoterapia) só para ludibriar os que gostam de relaxar com música, que assim nunca terão acesso a um verdadeiro Musicoterapeuta (já pensaram nesta perspectiva ?), só porque para alguns é mais fácil tocar umas taças que só por serem tibetanas e tudo o que vem do oriente há-de ser relaxante ou então colocar "play" num cd de sons de passarinhos, golfinhos e cascatas do que irem verdadeiramente estudar Musicoterapia, dando-se ao trabalho de frequentar um curso universitário na área, aprovado pelo Ministério da Ciência, Técnologia e Ensino Superior.

Atenção que, mesmo ao nível universitário, pós-graduações há muitas ("chovem no mercado" em locais que só vêem €), não precisam de aprovação pelo referido Ministério, como uma licenciatura ou mestrado, mas não é porque se fez uma pós-graduação de umas horas em e-learning que se pode passar a intitular-se Musicoterapeuta. Recorreu-se ao ensino universitário mas a manhosice pode continuar...


E quando me perguntam: "Ah, mas porque é que os verdadeiros musicoterapeutas não divulgam mais o seu trabalho, para tentarem evitar esse intrusismo de profissionais não-qualificados?... e a resposta "que não quer calar" é a de que os vigaristas são "profissionais" na área da manipulação, que surgem "aos montes" diariamente, enquanto o musicoterapeuta "perde" anos na universidade, e estes "pseudo-terapeutas" (termo já banalizado para tudo o que faz bem) respondem e fazem tudo o que a pessoa quer ouvir e fazer. Nisso, ganham de 10 a 0 aos musicoterapeutas, andam a enganar quem se deixa enganar...

Algum suporte científico para as minhas palavras:

Nos países nórdicos, faz-se tudo direitinho, com profissionais Musicoterapeutas qualificados em tudo o que é vibroacústica, não há encantamentos com sons que massajam (é tudo "à séria"), tanto que o actual presidente da Confederação Europeia de Musicoterapia também pratica a Musicoterapia Vibroacústica:


E o co-autor do artigo, também PhD na área:


E outro Musicoterapeuta prestigiado pela vibroacústica, que trabalha num departamento universitário de Musicoterapia:

Pronto, já chega.

No caso de pessoas interessadas neste tipo de iniciativas, se relaxar com uns instrumentos que vibram é tão bom, imaginem como sairiam a ganhar se além de tocarem nuns badalos, o profissional que vos atendesse fosse mesmo Musicoterapeuta e tivesse aprendido realmente os efeitos vibroacústicos em vez de vos espetar com qualquer instrumento milagroso a vibrar... pensem nisso!😊



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