A Musicoterapia consiste num processo interpessoal, direccionado para objectivos terapêuticos, no qual o terapeuta ajuda o(s) utente(s) a melhorar, manter ou restabelecer o seu bem-estar físico, emocional, cognitivo, comunicativo e/ou social, utilizando experiências musicais e as relações interpessoais que se desenvolvem no seio dessas mesmas experiências enquanto forças de mudança.

A Musicoterapia objectiva desenvolver e/ou restabelecer potenciais funções do utente com o intuito de que este consiga alcançar uma integração intra e/ou interpessoal satisfatória e, consequentemente, uma melhor qualidade de vida, através da prevenção, tratamento ou reabilitação.

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A Musicoterapia envolve um conjunto de elementos essenciais à sua prática, nomeadamente:

Um plano terapêutico composto por:

• Avaliação inicial com uma escala específica;

• Identificação dos sinais e sintomas;

• Estabelecimento de um ou mais objectivos terapêuticos;

• Aplicação de técnicas de intervenção;

• Avaliação periódica com baterias de teste validadas.

 

A música como elemento central do processo:

• O fazer e ouvir música nas sessões;

• A intervenção do terapeuta a incidir sobre o próprio som e a música;

• A experiência musical é, ela própria, veículo de levantamento de dados e de mudança do utente.

 

Uma relação terapêutica que implica:

• Um profissional com formação específica (o musicoterapeuta necessita de ter graduação universitária em musicoterapia e formação clínica);

• Um ou mais utentes que recebem ajuda;

• As vivências sonoras e musicais de ambos num percurso dinâmico de mudança.

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Habitualmente, as sessões realizam-se semanalmente ou bissemanalmente, consoante as necessidades do utente.

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Os utentes não precisam de ter formação musical prévia e as sessões não pressupõem a aprendizagem de música ou de um instrumento; o foco está na concretização de objectivos terapêuticos não-musicais através da música.